Em 2000 Janken Ferraz Evangelista foi desligado do time São Paulo por falta de "evolução técnica". Após nove anos Janken, 29 anos, não conseguiu driblar a polícia. O ex-jogador foi preso no último dia 25 após uma denúncia anônima, em Teixeira Freitas, BA, acusado de assassinar a ex-mulher Ana Cláudia Melo da Silva, 18 anos, a facadas no dia 22 em São Paulo, e em seguida raptar o filho do casal de um ano e oito meses. "Ele tinha muito ciúme da vítima e obsessão pelo filho", declarou o delegado José Eduardo Vieira Pinto.
(trabalho de Introdução do Jornalismo: fazer um lead sobre esse fato)
28.3.09
O dia que matei Lenivaldo no Pires
Era uma sexta feira normal, como qualquer outra. Não era 13. Era 27. Duas semanas depois da 13. Fui para faculdade, cheguei na hora da aula. Subi no primeiro andar, olhei pela faixa transparente da porta. Lá estava ele. No escuro, com o projetor ligado. Todos atentos. Pensei, "essa é a melhor hora para matar Lenivaldo".
Desci as escadas cuidadosamente, cruzei o pilotis, passei pela vila, pelo CACOS, sai pela porta lateral da faculdade. Assim que saí dei de cara com os meus comparsas. Eles fizeram sinal do outro lado da rua, atravessei com cuidado e me encontrei com eles. Todos os assassinos juntos, reunidos.
Durante duas horas matamos o Lenivaldo. Também, com esse nome, pudera. Foram duas horas de massacre, de assassinato, de felicidade mórbida. E, confesso, algum peso na consciência. Bebemos o defunto. Inteiro, todo. De gole em gole, de copo em copo, de garrafa em garrafa. Não sobrara nada de Lenivaldo às 17h da tarde dessa sexta feira, após 10 garrafas de cerveja.
O culpado do crime? Pires. O poder de persuasão de Pires é incrível. E ele não faz muito. Pode-se dizer que ele tem fama e ela faz a cabeça dos assassinos. Ele é o culpado, sem dúvida. E Pires é visto apenas como bonzinho. Nunca ninguém irá desconfiar dele. Nunca.
Após o crime, alguns assassinos foram embora, outros voltaram para a faculdade. Quando cheguei no pilotis, conversei com um indivíduo que estava com Lenivaldo na hora do assassinato. Ele sabia o que eu tinha feito. Minhas mãos, praticamente com a arma do crime, me indiciavam. Durante a conversa soube que Lenivaldo desconfiou de nós, assassinos. Disse coisas importantes antes do assassinato, coisas que nunca mais saberemos, que foram enterradas com ele.
E o pior de tudo. Ao final da conversa recebi o recado: "Lenivaldo voltará, se prepara porque ele sempre volta, você querendo ou não". Hoje me arrependo. Hoje tenho noção do que fiz. Porque amanhã, quando tiver o purGatório1 (G1) e o purGatório2 (G2), tenho certeza que não serei absolvido.
Desci as escadas cuidadosamente, cruzei o pilotis, passei pela vila, pelo CACOS, sai pela porta lateral da faculdade. Assim que saí dei de cara com os meus comparsas. Eles fizeram sinal do outro lado da rua, atravessei com cuidado e me encontrei com eles. Todos os assassinos juntos, reunidos.
Durante duas horas matamos o Lenivaldo. Também, com esse nome, pudera. Foram duas horas de massacre, de assassinato, de felicidade mórbida. E, confesso, algum peso na consciência. Bebemos o defunto. Inteiro, todo. De gole em gole, de copo em copo, de garrafa em garrafa. Não sobrara nada de Lenivaldo às 17h da tarde dessa sexta feira, após 10 garrafas de cerveja.
O culpado do crime? Pires. O poder de persuasão de Pires é incrível. E ele não faz muito. Pode-se dizer que ele tem fama e ela faz a cabeça dos assassinos. Ele é o culpado, sem dúvida. E Pires é visto apenas como bonzinho. Nunca ninguém irá desconfiar dele. Nunca.
Após o crime, alguns assassinos foram embora, outros voltaram para a faculdade. Quando cheguei no pilotis, conversei com um indivíduo que estava com Lenivaldo na hora do assassinato. Ele sabia o que eu tinha feito. Minhas mãos, praticamente com a arma do crime, me indiciavam. Durante a conversa soube que Lenivaldo desconfiou de nós, assassinos. Disse coisas importantes antes do assassinato, coisas que nunca mais saberemos, que foram enterradas com ele.
E o pior de tudo. Ao final da conversa recebi o recado: "Lenivaldo voltará, se prepara porque ele sempre volta, você querendo ou não". Hoje me arrependo. Hoje tenho noção do que fiz. Porque amanhã, quando tiver o purGatório1 (G1) e o purGatório2 (G2), tenho certeza que não serei absolvido.
19.3.09
Nem Pepita tem mais Dado em casa!
O que há de mais tosco nessa história toda do Dado Dolabella? Uma entrevista com a mãe dele, Pepita Rodriguez, pro blog do Ancelmo. Analisando com calma essa entrevista...
"Pepita Rodriguez (...) não para de chorar e rezar desde que o filho foi preso, ontem."
Noooossa, quanto tempo a coitadinha da Pepitinha está chorando (e rezando) pelo filho!
"Diz que se agarrou em Deus(...)"
Tá certo, Pepita, siga os passos de seu filho.
"(...)já que quando ele entrou no camarote da Brahma, no carnaval, Luana Piovani ainda não estava lá."
Mentira. Mentira das boas. Burrice Pepitinha falar isso. A imprensa inteira estava lá, inclusive eu, e Dado chegou -- bem -- depois da ex.
"foi apenas uma 'inconsequência de um menino ingênuo'"
Ó, tadinho do Dadinho! Mas Pepita tem razão, só mesmo um menino ingênuo vai cheirar cocaína no banheiro do camarote no carnaval.
"Estou em frangalhos."
Essa expressão é de mil oitocentos e suspensório, né Pepita?
"(...)prender o meu filho numa cadeia"
Não, devem prender ele no zoológico!
"É um acúmulo de maldades que vão rotulando o meu menino."
Rotulando? Desde quando Dado precisa de rótulo? Dado é um rótulo.
"O meu filho é adorado por tanta gente."
Aaaah, então isso é motivo para não prender o menino de Pepita.
"Os atores da Record, emissora que ele acaba de assinar um novo contrato, o adoram."
Não é isso que diz o terceiro parágrafo dessa matéria d'O Globo.
"A revolta por tudo isso estar acontecendo é enorme."
Revolta de quem? Quando? Onde? Dá um tempo, Pepitinha do meu coração.
"Os dois estavam felicíssimos juntos. Não dá para acreditar."
Pepita, será que se eu te contar que o seu filhinho espancou a camareira da Luana você passa a acreditar?
"Eu tinha a esperança, confesso, de a Luana desistir desse processo."
Como quem diz: "Luana, por favor, desista desse processo!!!"
"Nós estamos destruídos."
Se agarra em Deus, Pepita, não se esqueça Dele!
"Peço a Deus que proteja essa desembargadora, Giselda Leitão, que eu sei que tem uma carreira muito bonita, um histórico maravilhoso."
Meu Deus, que cara de pau sua, Pepitinha, puxar tanto o saco da desembargadora -- que deu o azar de pegar esse caso.
"(...)para quem ele vai entregar o seu coraçãozinho."
Que cuti cuti! Me sensibilizei agora...
"Eu só gostaria que nenhuma mãe passasse por esse momento que estou passando."
E você ainda acha que alguma mulher no planeta gostaria de ser mãe do Dado?!
"Ele não fez nada(...)"
Pergunta lá pra camareira da Luana se ele não fez nada...
"(...)que seus filhos pudessem encontrar pessoas maravilhosas como as que o Dado está encontrando. Até os presos ficaram do lado dele."
Uau! Quer dizer então que as pessoas maravilhosas que dividem cela com seu filhinho estão do lado dele? Será que não estão por trás dele, Pepita querida? Se é que você me entende.
"E (os presos) fizeram comida especial para ele."
Pára tudo. Pára! Entra musiquinha sentimental a lá programa do Luciano Huck. Essa frase foi maravilhosa para encerrar a entrevista. Estou emocionado.
Lágrimas escorrem dos meus olhos.
De tanto rir, lógico.
17.3.09
Frioterapia, crioterapia, Ronaldo, vodka...
Peguei um ônibus no Leblon, sentei nas últimas cadeiras, lá no final. Na minha frente duas mulheres conversavam. O ônibus praticamente vazio e elas estavam falando alto. O assunto? "Frioterapia", disse uma das mulheres. Ela quis dizer -- só vim descobrir isso agora com a ajuda do tio Gúgou -- crioterapia. É uma terapia a base do frio (tanto um simples gelinho quanto uma imersão ao frio). O papo começou...
- Menina, você ia adorar uma coisa que li em na revista: frioterapia. A pessoa entra numa sala com 110ºC negativos!
- Ai, que ótimo, eu ia adorar!
- Mas é pra coisa de medicina.
- Como é que é?
- Você entra primeiro numa sala com 60ºC negativos. É obrigado a usar meia, luva e cotoveleira, porque se você cair você não se machuca.
- Aham...
- Aí você entra nessa sala de 60ºC negativos pra se acostumar e depois entra em outra de 110ºC.
- Nossa! Que contraste!
- Nããão, é 110ºC negativos também, não é do frio pro calor, né?!
- Ah tá.
- Aí você entra na sala e tem o acompanhamento de uma fisioterapeuta.
- Sem roupa também?
- Não, claro que não. Ela é médica, fica toda vestida, com casacos enormes.
- É porque ela deve entrar e sair toda hora da sala, né.
- É. Ela fica ajudando as pessoas lá dentro. Dizem que o frio faz bem pro músculo, pra celulite e pra ruga! Faz a pele ficar lisinha, deve ser ótimo!
- Ai menina, tô precisando.
- Mas é muito caro! Eu li que é 4.500 libras!
- Nossa!! Dá quanto mais ou menos?
- Ah, uns 3mil euros deve ser...
- É... deve ser...
- Sabia que o Ronaldo fez essa frioterapia aí também?
- Ah é?
- É! Com aquele joelho bichado... Já tentou operar, fazer exercício, agora só resta o gelo né...
- Verdade...
- Mas é bem capaz dele pegar um gelinho lá da sala e colocar num copinho com vodka e ficar tomando todas lá dentro!
As duas deram uma gargalhada e saíram juntas no mesmo ponto no Jardim Botânico. Eu fiquei sem entender muito dessa história de frioterapia e fiquei com isso na cabeça para checar na Internet. Agora já aprendi o que é crioterapia e que o Ronaldo está fazendo esse tratamento.
Tá vendo como tem cultura pura num papo de ônibus?
- Menina, você ia adorar uma coisa que li em na revista: frioterapia. A pessoa entra numa sala com 110ºC negativos!
- Ai, que ótimo, eu ia adorar!
- Mas é pra coisa de medicina.
- Como é que é?
- Você entra primeiro numa sala com 60ºC negativos. É obrigado a usar meia, luva e cotoveleira, porque se você cair você não se machuca.
- Aham...
- Aí você entra nessa sala de 60ºC negativos pra se acostumar e depois entra em outra de 110ºC.
- Nossa! Que contraste!
- Nããão, é 110ºC negativos também, não é do frio pro calor, né?!
- Ah tá.
- Aí você entra na sala e tem o acompanhamento de uma fisioterapeuta.
- Sem roupa também?
- Não, claro que não. Ela é médica, fica toda vestida, com casacos enormes.
- É porque ela deve entrar e sair toda hora da sala, né.
- É. Ela fica ajudando as pessoas lá dentro. Dizem que o frio faz bem pro músculo, pra celulite e pra ruga! Faz a pele ficar lisinha, deve ser ótimo!
- Ai menina, tô precisando.
- Mas é muito caro! Eu li que é 4.500 libras!
- Nossa!! Dá quanto mais ou menos?
- Ah, uns 3mil euros deve ser...
- É... deve ser...
- Sabia que o Ronaldo fez essa frioterapia aí também?
- Ah é?
- É! Com aquele joelho bichado... Já tentou operar, fazer exercício, agora só resta o gelo né...
- Verdade...
- Mas é bem capaz dele pegar um gelinho lá da sala e colocar num copinho com vodka e ficar tomando todas lá dentro!
As duas deram uma gargalhada e saíram juntas no mesmo ponto no Jardim Botânico. Eu fiquei sem entender muito dessa história de frioterapia e fiquei com isso na cabeça para checar na Internet. Agora já aprendi o que é crioterapia e que o Ronaldo está fazendo esse tratamento.
Tá vendo como tem cultura pura num papo de ônibus?
14.3.09
Palavra que encanta
Ontem assisti o documentário "Palavra Encantada", de Helena Solberg. O filme é super bonito, vale a pena assistir. Fiquei com uma música do Lenine na cabeça que achei linda, não conhecia. Seguem as estrofes finais de "Meu Amanhã":
Minha meta, minha metade
Minha seta, minha saudade
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã
Meu fá, minha fã
A massa e a maçã
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã
Meu lá, minha lã
Minha paga, minha pagã
Meu velar, meu avelã
Amor em Roma, aroma de romã
O sal e o são
O que é certo, o que é sertão
Meu Tao, e meu tão...
Nau de Nassau, minha nação.
Mark Felt, o Garganta Profunda do Watergate
Mark Felt foi o homem que por 33 anos conseguiu manter em silêncio o mistério que adormeceu em uma garganta profunda. No ano de 1972 Felt era o homem número dois do FBI e foi o responsável pelo vazamento de informações sigilosas sobre o caso Watergate para dois jornalistas do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein.
Após o assalto à sede do Comitê Nacional Democrata, no Complexo de Watergate, em Washington nos EUA, durante a campanha de reeleição de Nixon (republicano), cinco homens foram presos quando tentavam fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta no escritório do partido Democrata.
Os repórteres do Post começaram então uma intensa investigação sobre o caso, fazendo o escândalo vir a tona e resultando na renúncia do presidente americano Richard Nixon. A principal fonte dos jornalistas era um homem conhecido apenas como Garganta Profunda (Deep Throat) que revelou que o presidente sabia das operações ilegais em Watergate.
Howard Simons, editor do Post durante o Watergate, apelidou a principal fonte do jornal de Garganta Profunda, fazendo uma alusão ao famoso filme pornô lançado em 1972.
O caso Watergate tornou-se conhecido no mundo todo, fazendo seus personagens atingirem índices de glória (no caso dos jornalistas) e de derrota (no caso do presidente) bastante elevados. Porém, a identidade do Garganta Profunda, importante protagonista do caso, nunca foi revelada.
Contudo, em maio de 2005 o Garganta Profunda revelou-se ao mundo nas páginas da revista Vanity Fair, em matéria escrita por John O'Connor. Aos 91 anos, morando em Santa Rosa, no estado da Califórnia, já com a saúde comprometida. Segundo o autor da matéria, a revista Vanity Fair pagou U$10.000 pela história de Felt.
O ex-diretor assistente do FBI nunca se orgulhou de seu feito no caso Watergate. Dizia que não via honra em ter sido o Garganta Profunda e por isso não quis dar explicações a ninguém. E temia também ir à justiça por ter revelado as informações. Nem aos seus filhos contou.
No entanto sua filha Joan o convenceu a revelar a história depois de desconfiar que o pai poderia ser o Garganta Profunda, pois em período recente a revelação de Felt, Bob Woodward ligou seguidas vezes e inclusive se encontrou em um restaurante com Felt. Joan teria dito ao pai que a história lhes renderia dinheiro, visando a má situação financeira de Joan por conta de seus dois filhos. Felt concordou e levou a história a público.
Especula-se que Felt tenha colaborado para a renúncia de Nixon como uma vingança pessoal. Segundo nota do Washington Post após da matéria da Vanity Fair, a relação entre a Casa Branca e o FBI estava tensa. O diretor da polícia federal americana, J. Edgar Hoover, morrera antes do caso Watergate, abrindo margem para que Felt tomasse seu lugar. Porém Nixon indicou Patrick Gray, que era de dentro do governo.
Em dezembro de 2008, aos 95 anos, Mark Felt faleceu no hospital de Santa Rosa devido a insuficiência cardíaca. Ele fez parte certamente de um dos maiores casos de corrupção dos EUA amplamente divulgado. Sua garganta profunda escondeu por mais de três décadas o que todos queriam saber: quem foi o herói que deu a dica ("follow the money" - sigam o dinheiro) para tirar Nixon do trono.
13.3.09
11.3.09
6.3.09
Um trote parcelado
Ontem os veteranos pediram (não exatamente pediram, determinaram na verdade) para os calouros irem com roupa de ginástica, academia. Todos fomos. Eles não consideraram a minha roupa correta (estava normal demais, segundo eles) e pintaram meu rosto.
Hoje era para ir de "Lost", o seriado. Roupa velha, rasgada, suja e não era para levar mochila, só malas. Fomos todos fantasiados. Malas enormes desfilaram pela PUC, ótimo de ver. Não consideraram a minha roupa correta e pintaram meu rosto.
Amanhã é para irmos de smurf, aquele bonequinho azul. A fantasia é camisa azul e calça (ou bermuda) branca. Não tenho nenhuma das duas coisas, já vi que vou ser pintado amanhã de novo.
Na realidade fantasiado ou não eles querem é pintar. E eu não sou exatamente fácil de se esconder na sala. Alvo fácil!
4.3.09
E lá vamos nós!
Hoje na primeira aula do primeiro dia da faculdade o professor de Introdução ao Jornalismo disse aos alunos: "o meu conselho é: tenham um blog".
Novos tempos, novos tempos...
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