30.7.09

Estudante ganha concurso de crítica de cinema

Aluno da PUC-Rio,Victor Fiuza integrará o Júri Popular do Festival de Cinema de Gramado.

“As minhas veias são ‘um rolo de filme’”. É assim que Victor Fiuza descreve a importância do cinema para ele. Victor, 19 anos, estudante de cinema da PUC-Rio, está no terceiro período e é o mais novo integrante do Júri Popular do Festival de Cinema de Gramado.

A colunista Heloisa Tolipan, do Jornal do Brasil, promoveu o concurso Quer ser jurado em Gramado?, onde o participante deveria escrever uma crítica sobre um filme que já tivesse participado de alguma edição do festival. Com um texto sobre o longa Deserto Feliz, Victor estará em Gramado entre os dias 9 e 15 de agosto.

Seu contato com cinema é através dos curta-metragens em que trabalha com amigos da PUC. Para o estudante, a surpresa com o resultado foi grande.

- É incrível, a ficha ainda não caiu. Só quem faz Cinema entende tudo que o Festival de Gramado representa.

O jovem conta que escolheu Deserto Feliz por representar um cinema nordestino bastante regionalista, mas ao mesmo tempo nacionalista.

- Este filme é um dos maiores exemplos desse Cinema, e também um dos meus favoritos.

Um pequeno engano deixou a premiação mais emocionante, especialmente para Victor. Quando foi divulgado o resultado do concurso, uma crítica sobre um filme que não tinha participado do festival havia ganho. Porém, logo que o erro foi esclarecido, foi anunciada a vitória do estudante.

Victor diz ter muita expectativa quanto à participação no Júri Popular e espera “estar à altura”. Independente de estar à altura, ele está nas alturas, quase literalmente: serão seus primeiros passos fora do Rio e a primeira vez que andará de avião.

Para essa matéria, Victor concedeu uma entrevista por e-mail e nela fez questão de tratar cinema com letra maiúscula; é de maneira respeitosa e com muita admiração que o jovem pretende estender o rolo de filme de suas veias.
(leia a matéria no Portal da PUC) - foto: Divulgação

28.7.09

Prefeitura conserta buracos em frente à PUC

Há um mês, Avenida Padre Leonel Franca precisava de reforma devido à grande quantidade de buracos.

Famosos por andar sempre em alta velocidade, os motoristas de ônibus que fazem ponto final em frente a uma das entradas da PUC, na Avenida Leonel Franca, têm que reduzir a velocidade a quase zero quando chegam ao terminal. O motivo? Buracos enormes na rua. Depois das reclamações de moradores do prédio Minhocão e das empresas de ônibus, a Secretaria de Obras da prefeitura mandou funcionários ao local.

Segundo calceteiros da prefeitura, a umidade da região e a chuva prejudicam o asfalto.

- Estamos tratando o terreno, não só tampando os buracos. Fazer a elevagem [tratamento do solo] é fundamental.

Cláudio Dias, fiscal da empresa de ônibus Vila Isabel, conta que os buracos estragam a suspensão e as molas dos coletivos.

- Esses buracos estão aí há mais de um mês e atrapalham muito a circulação dos ônibus, prejudicando seu estado de conservação.

Por conta do trabalho da prefeitura, o terminal passou para a parte externa da Leonel Franca. A previsão é que até o final da tarde de hoje o problema seja solucionado.


(leia a matéria no Portal da PUC) - foto: Lucas Landau

24.7.09

Evento de jazz embala ruas do Leblon

Segunda edição do Leblon Jazz Festival agita a rua Dias Ferreira nesse sábado

Noventa anos do bairro Leblon, 2ª edição do evento, oito horas de show, sete atrações, público esperado de 15 mil pessoas. Esses são alguns números do Leblon Jazz Festival. A atração acontecerá neste sábado, dia 25, na badalada rua Dias Ferreira, no trecho entre as ruas Professor Azevedo Marques e Ataulfo de Paiva, na praça Cazuza.

De 13h às 21h, a rua frequentada pelas celebridades e cenário de famosos restaurantes será fechada ao trânsito. George Israel, ex-aluno de engenharia da PUC-Rio, apesar de ser conhecido pela música pop do Kid Abelha, vai embalar o evento com o blues de seus arranjos. O guitarrista Victor Biglione produz um show com melodias de Tom Jobim. Marcelo Camelo, também ex-aluno da PUC, vai tocar com o grupo Hurtmold e apresentará repertório do seu primeiro CD solo.

Ainda não se sabe se o casal Camelo e Mallu Magalhães irá tocar junto, mas a cantora de 16 anos abrirá o show do namorado. O evento, com um clima intimista, promete juntar um público ligado em música e que não fecha o ouvido para nada, do pop ao jazz.

Programação

14h Mané Sagaz
14h30 Vulgo Quinho e Os Cara
15h Joel Ferreira e Quarteto
15h30 George Israel e os Roncadores (participação especial de Rodrigo Sha)
17h30 Victor Biglione
18h45 Mallu Magalhães
20h Marcelo Camelo

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21.7.09

Livro sobre o Fluminense relembra os 10 mais

Ex-aluno da PUC-Rio lança livro sobre os dez principais jogadores do clube das Laranjeiras.

A idéia inicial era lançar o livro em maio. Mas a situação do time do Fluminense naquele momento não era das melhores. Então, foi decidido deixar o lançamento para a semana do aniversário do clube, pois, independente da situação, é uma semana de comemoração.

Hoje, 21 de julho, o Fluminense faz 107 anos. E - apesar da situação do time não ter mudado muito de maio para cá - foi lançado ontem, dia 20, na sede do clube, nas Laranjeiras, Os dez mais do Fluminense. Escrito pelo ex-aluno de Comunicação Social da PUC-Rio e tricolor de coração, Roberto Sander e publicado pela Maquinária Editora, o livro contém, em 184 páginas, dez mini-biografias de dez ídolos da máquina tricolor.

Os ídolos foram escolhidos a partir de uma enquete feita com jornalistas, também torcedores das Laranjeiras, como João Máximo, Nelson Rodrigues Filho e Teixeira Heizer. Os eleitos foram: Marcos Carneiro de Mendonça, Romeu Peliciari, Orlando de Pingo de Ouro, Castilho, Pinheiro, Telê Santana, Valdo, Félix, Roberto Rivellino e Assis.

A publicação faz parte da coleção Ídolos Imortais e busca resgatar a história do Fluminense e de seus grandes mestres.

- Estes foram verdadeiros heróis do Fluminense; era outra época, os jogadores ficavam muitos anos no mesmo time. Hoje em dia, eles passam rapidamente e é difícil associar um jogador a um clube – comenta Sander.

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16.7.09

Harry Potter cresceu, junto com o público e com a bilheteria

Na semana de estréia do sexto filme da série Harry Potter, o Instituto Moreira Salles apresenta mostra sobre o cineasta francês Jean Rouch

De sapato branco, calça caqui, blusa pólo azul, Gabriel encontra o amigo Felipe. Envergonhado, cumprimenta-o um pouco sem jeito. De repente chegam Gabi, João Pedro e José Maurício. A social acontece no foyer do cinema Kinoplex do Shopping Leblon e os amigos não chegam a um metro. São crianças de quatro anos, esperando para entrar na sessão de 16h do novo filme da franquia Harry Potter. Apesar de reclamações como “só tem bebê nisso aqui” feito por uma senhora, esse é o público principal das primeiras sessões do dia. Quanto mais tarde, mais velho é o público. No lugar dos “bebês” entram os adolescentes.

O primeiro filme foi lançado em 2001, essas crianças ainda não tinham nascido, e Daniel Radcliffe tinha apenas 11 anos. Hoje o ator que interpreta o bruxo (e não mais bruxinho) em “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” tem 20 anos - com uma fortuna avaliada em £15 milhões - e seu personagem no penúltimo filme da saga tem 16.

E, aos 16 anos, Harry dá seu segundo. beijo. O clima de romance acontece com Gina, interpretada pela atriz britânica Bonnie Wright, de 18 anos. Tudo não passa de um simples beijo, mas para a estudante de 15 anos Laila Hawrylyshyn, já era hora.

- Finalmente eles se beijam!

Outra cena que mostra claramente o crescimento do bruxo é quando Harry é lembrado de fazer a barba. A cena marcou o estudante Rafael Conodit, 18 anos:

- Assisti a todos os filmes, de certa maneira cresci com Harry e como eu cresço é natural que o personagem cresça também. - diz Rafael, com a barba feita.

Após uma sessão, pai e filha saem da sala de exibição comentando sobre o filme. O pai é sincero: “eu não entendi nada”. A filha, achando um absurdo a fala do pai, tenta explicar o filme. Por mais que alguns não tenham entendido, o gerente do cinema Cícero Carlos explica:

- Harry Potter é diferente de qualquer outro filme. Não há um público específico, na verdade são seguidores, de idosos à crianças.

Pouco antes de começar outra sessão, a luz da bomboniere acaba, para o desespero de um grupo de meninas prestes a assistir o filme. “Como assim, como vou assistir meu filme sem pipoca?” – reclama uma delas. O problema é solucionado em alguns minutos e as meninas seguem satisfeitas para a sala com seus baldes de pipoca.

Segundo a atendente da bomboniere Geicyane, que trabalha há 2 anos e meio vendendo pipocas, as férias e o final de semana aumentam o número de pipocas vendidas. Harry Potter não é exclusividade.

A estréia de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” foi adiada por imposição dos produtores americanos. Inicialmente previsto para estrear mundialmente em novembro de 2008, o filme foi adiado para cobrir buracos no calendário de estréias decorrentes da greve dos roteiristas no último ano. Adiar a estréia pode ter sido uma boa estratégia, pois em 12 horas em cartaz, o filme arrebatou U$22,2 milhões, batendo um recorde histórico, segundo a revista “Variety”.

Quem gostou mesmo do filme foi o Vaticano. "L'Osservatore Romano”, o jornal do Vaticano, disse que esse “é o melhor filme da série” e afirma que faz "uma divisão clara entre aqueles que trabalham pelo bem e os que fazem o mal". Porém Bento 16 não é lá muito fã das bruxarias fictícias de J.K. Rowling. Em 2003, o Papa escreveu uma carta às mulheres alemãs dizendo que os livros de Harry Potter contêm “seduções sutis” que podem corromper jovens cristãos. Contudo, a atual boa crítica do cardeal surge depois de, no início do ano, um padre conservador austríaco classificar a série como “satanismo”.

Abençoado pelo Papa, sucesso de público e de crítica, o sexto filme da série tem tudo para estourar as bilheterias ao redor do mundo (a expectativa é que a renda ultrapasse dos U$800 milhões). Antonio Andreasi, 14 anos, confirma:

- Esse é “o” filme do Harry Potter!

Enquanto o blockbuster Harry Potter movimenta milhões e encabeça a lista dos mais assistidos com seus fãs eufóricos, o Instituto Moreira Salles apresenta de 18 de julho a 16 de agosto a retrospectiva completa da obra do cineasta francês Jean Rouch (1917-2004). Rouch é conhecido por ser um dos ícones do documentário moderno e é considerado um “antropólogo-cineasta”.

Silvio Tendler, professor do departamento de Comunicação Social da PUC-Rio e ex-aluno de Rouch, complementa que o cineasta é fundamental na história do cinema e confirma que ele é importante, principalmente pelo número de jovens que incentivou e formou.

Quando o assunto é Harry Potter, comenta:

- Os jovens devem ser contemporâneos deles mesmos. Filmes pipoca geralmente fazem mais sucesso, na década de 60 Rouch não era sensação. Não vejo antagonismo, é possível gostar de Harry Potter e assistir Jean Rouch.

Miguel Pereira, também professor do departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, discorda de Tendler. Pereira, que só leu o primeiro livro da série, não se sente atraído por Harry Potter, considera literatura de segunda categoria e filme de péssima qualidade.

- Tem uma magiquinha boba que atrai os jovens. Filmes não são efeitos especiais, seria melhor que esses jovens estivessem lendo Monteiro Lobato ao invés de se fantasiar para assistir Harry Potter.

Um dia de estréia de Harry Potter e um mês da mostra Jean Rouch. Os filmes da retrospectiva serão exibidos em 16mm, formado original de quando foram lançados, e também em cópias digitais. Alguns destaques são “Eu, um negro” (Moi, un noir, 1958), “Jaguar” (1954-67) e Petit à petit (1972). Também serão exibidos 14 filmes sobre o diretor. O Instituto Moreira Salles fica na rua Marquês de São Vicente, 476. Os ingressos são R$6 (R$3 meia) e há o passaporte de R$30 que dá direito a 12 entradas.

Para programação completa e mais informações, acesse: www.ims. com.br

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15.7.09

É bom mas é ruim

Todo dia ele faz tudo sempre igual. E levanta às 4h da manhã em Bangu, se arruma em meia hora e às 6h50 chega à PUC-Rio. José Carlos de Oliveira, o ascensorista Zé, que trabalha no elevador do prédio Kennedy, fica na sua toca até 13h. Durante as aulas, Zé gosta da fila que fica na porta do elevador. Segundo ele, a adrenalina aumenta, o suor pinga e ele adora a função de subir e descer com todo mundo o mais rápido possível.

Contudo, nas férias a situação muda. Suor é coisa rara, adrenalina muito mais e manejar o elevador torna-se uma função quase solitária. Zé é amigo dos alunos e professores e conversa com todos.

- Nas férias sinto falta das pessoas, de conversar e o tempo passa mais devagar.

A mesma opinião é divida por Julia Danon, 19 anos, que trabalha no atendimento da biblioteca do Frings. Durante as férias a biblioteca fica em silêncio, mais do que ela gostaria. Nas semanas de prova, a anterior às férias, a biblioteca fica lotada, o barulho incomoda e as bibliotecárias precisam pedir silêncio. Isso aumenta o sentimento de solidão durante as férias, pois antes da paz absoluta o movimento é mais acelerado do que o natural. Julia não gosta do abismo entre a movimentação das provas e a calmaria das férias, mas prefere o período de aulas.

Outro lugar acostumado com a movimentação e que fica quase vazio durante as férias é o bandejão. A caixa Rosemari Osório, 38 anos, diz que gosta do movimento, inclusive “para garantir o salário”. Mesmo com a carga horária menor nas férias, o trabalho continua tedioso, principalmente por Rosemari ter uma relação de amizade com os alunos e funcionários.

- Semana passada um professor veio me contar que a filha tinha passado em um concurso de trabalho. Fiquei muito feliz de ele ter vindo compartilhar isso comigo, me senti uma amiga da família.

Rosemari afirma que a essa troca é muito positiva no seu trabalho e é isso que ela mais sente falta nas férias. Ainda segundo a caixa, lidar com o público é delicado, às vezes estressante, mas o saldo é positivo. E a hora passa rápido.

A professora do departamento de psicologia da PUC-Rio, Maria Inês Bittencourt confirma que é natural o conflito entre o tempo de trabalho e o ócio das férias, que dá a sensação de lazer no lugar errado.

- Se fosse lazer eles optariam por ficar em casa, mas como é trabalho acontece uma relação paradoxal entre gostar de não fazer nada e não gostar do ócio.

Uma coisa é certa, todos estão torcendo pela volta às aulas, principalmente Zé, Julia e Rosemari.

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