26.6.09

A Barbie fica, quem passa são as crianças

Rostinho angelical, olhos azuis, cabelos loiros, pele precisamente perfeita, corpo com medidas invejáveis, mente pura, comportamento exemplar. Essa é, por incrível que pareça, a descrição de uma “cinquentona”.

Não há plástica, lipoaspiração, botox ou qualquer creme que faça o que a Barbie conseguiu. Já passaram por ela Camilas, Anas, Claras, Marianas, Julias... Hoje essas primeiras meninas já passam dos 55 anos. E suas filhas e suas netas passaram pela Barbie.

A boneca nasceu em 9 de março de 1959, é filha de Ruth Handles (1916-2002), que apesar de ter falecido em 2002, conseguiu que sua cria seguisse seu caminho de sucesso. Uma homenagem à própria filha Barbara, Ruth lançou a boneca na feira de brinquedos de Nova York.

Nem Ruth nem Barbara poderiam imaginar, mas a bonequinha perfeitinha completou 50 anos. Hoje a Barbie atinge muitos países e já foi a “melhor amiga” de muitas gerações. Conta com uma família, carros, palácios, animais de estimação, amigos, enfim, uma vida – quase – normal. E move uma montanha de dinheiro.

Em geral as bonecas são bastante caras o que impossibilita meninas de baixa renda de terem suas Barbies e por isso já existem as genéricas. Mas, apesar disso, a verdadeira Barbie não sai da cabeça de todas as meninas, não importa a classe social.

Chega uma idade das garotas que as mães dão a elas a boneca, justamente por terem tido (ou sonhado em ter) suas Barbies. Às vezes parte da mãe comprar a boneca para a filha e não do desejo da criança.

Foi e é mais do que um brinquedo. É quase uma referência das infâncias de todos, homens e mulheres. A boneca acompanhou tendências, lançou moda, aderiu às novidades, enfim, caminhou junto com as gerações. Mas sempre sem perder o charme e mantendo o encantamento. Charme e encantamento são, aliás, o segredo para o sucesso da boneca. Certamente a Barbie passará fácil dos 50 anos. Porém sempre com a mesma carinha de menina.

(texto feito em sala para aula de Comunicação e Expressão)