23.11.05

Meu cabelo me odeia!

Nasci com cabelos lisos e loiros (quase brancos). Desde pequeno (há muito tempo) até uns 10 anos eu passava máquina 4, 5, isto é, raspava o cabelo mas deixava um tiquinho espetadinho.

Essa raspação acabou com meu cabelo. A cor foi coisa do tempo. Cresci e a cor mudou. Mas a "qualidade" do cabelo piorou.

Bom, tentei vários cortes, maneiras de pentear, pentes, escovas, e no fim acabei deixando com está: repartido no lado. Mas quando meu cabelo está grande ele fica muito feio com esse corte.

Agora voltando um pouco, na parte da raspação. Eu sempre raspei meu cabelo num cabeleireiro (que palavra difícil) de bairro, em Laranjeiras. O problema desses cabeleireiros é que apesar de dizerem que são unissex, eu só vejo homens e homens, a grande maioria, tem cabelo pequeno que é só passar a máquina e pronto.

Mas com meu cabelo grande eles nunca acertavam. Claro!, só tinham experiência com cabelos raspados. Depois de anos odiando o corte deles eu resolvi cortar em outro lugar.

Perguntei à minha avó onde ela cortava. Ela me levou num cabeleireiro em Botafogo. Eu disse para o "homem" (se é que vocês entendem essas aspas):

-- Eu quero que você tire o volume e apare.

Primeiro eu tive que estudar para fazer essa pergunta. Eu não sabia o que era tirar o volume. Coisa de homem, ok?!

Tá, o "homem" resolveu fazer hidratação no meu cabelo. Tive que lavar, e depois me enfiou num treco marrom que eu sempre vejo na TV. O treco era quente à beça. Minha nuca estava cozinhando.
Passada a fase do treco marrom, eu voltei à cadeira.

Ele começou a fazer um bando de coisa: de cima, de baixo, penteia assim, penteia assado, penteia frito e no fim, deu uma aparada de uns três dedos.

Saí de lá com aquela cara de "Adorei!". Coitado, né? Trabalhou e no final eu ia reclamar?

Cheguei em casa penteei do meu jeito, sacudi minha cabeça e tentei de tudo para deixar do meu jeito (porque cabeleireiros sempre fazem as coisas do jeito deles, como eles preferem).

Em suma: "que droga! Está horrível!!!!"