19.7.08

Why so serious?



O Batman está de novo no cinema. O último filme foi "Batman Begins" de 2005, que eu adorei. Estava super animado para assistir a esse novo filme, mais pelo Coringa interpretado pelo ótimo ator Heath Ledger, que morreu em janeiro de 2008. Estava tão animado que quis ir na estréia.

"Batman - Cavalheiro das Trevas" ("Batman - The Dark Knight" no original), tem sido mais falado por causa do Coringa, leia-se Heath Ledger, do que pelo próprio Batman. Estão dizendo em Oscar Póstumo ao Ledger, e há possibilidades de ser ganho por ele, acredito eu.

O filme tem 152 minutos, um pouquinho mais do que duas horas e meia e cansa. Poderia ter tido "apenas" duas horas. Mas cada vez mais os filmes têm sido longos, com mais de duas horas. E não seria diferente com Batman, que tem tudo para ser um sucesso de bilheteria. Legder morreu depois de terem filmado todo o filme porém ainda não tinham terminado de editar, então depois da morte dele, a impressão que dá é que quiseram colocar todas as cenas com o Coringa, deixando o filme enorme.

Quando você acha que terminou e que, ufa!, o Batman salvou a todos, vem mais problemas, mais bombas, mais explosões e mais tiros. Cansa, é muita informação parecida, sem um verdadeiro propósito. Parece que é só para mostrar Ledger em ação.

Outra coisa que não gostei no filme é aquele lance que tem aparecido com mais freqüência nos cinemas: o super-herói em crise existencial. Nobody deserves! "Será que estou matando meu próprio povo?", "Será que estou ajudando ou prejudicando a cidade?", "Vou dizer quem sou, vou parar de me esconder".

Ah, isso é muito chato! Herói é herói, ponto final, acabou, vamos curtir o super herói e não sua crise, que (não) funciona para mostrar que os heróis também têm coração.

Eu adoro Heath Ledger, mas o papel do Coringa que é muito bom, não necessariamente o ator. Ledger deu um show, mas não é motivo para dar ciúmes a Jack Nicholson (que ainda reclamou por não ter sido chamado para dar vida novamente ao Joker). O personagem é um show de inteligência, habilitade e humor.

Bons atores têm papéis não tão grandes, como Michael Caine (um dos meus atores favoritos!) e Morgan Freeman. Chrsitian Bale, o Batman, também é um bom ator. Com algumas partes previsíveis e outras não, o filme consegue prender atenção do espectador desde que começa até as duas horas de filme. Depois o espectador perde a linha de raciocínio e vê apenas ação, ação e ação. Há quem goste, porém.

O fato é: o Coringa é mais atraente do que o próprio Batman. E só por isso vale o ingresso.